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sábado, 28 de novembro de 2020

OS ARREDORES DE ARAGO


          

             Por Avani Soares

Nessa foto em condições baixíssimas de iluminação podemos ver com facilidade os dois domes de Arago. Arago alpha, na parte superior da cratera, e Arago Beta a esquerda estando parcialmente iluminada. Em Arago Alpha podemos perceber o oríficio central, por onde a Lava deve ter sido expelida durante sua formação a centenas de milhões de anos atrás.

Nunca havia fotografado essa região em angulo tão baixo de iluminação, e duas coisas me chamaram atenção:

 1. A cratera Fantasma Lamont: Para vê-la você precisa de um sol baixo por volta do 5º ou 6º dia de lunação. Lamont é aparentemente o remanescente fantasma de uma pequena bacia de impacto, com vários anéis que foram cobertos por fluxos de lava subsequentes, porém não se encaixa na sequência padrão da morfologia de uma cratera desse porte. Geralmente, os multi-anéis não aparecem até que uma cratera atinja um diâmetro de cerca de 200 milhas. Nessa foto peguei o momento exato em que a imagem da bacia e dos anéis subjacentes aparecem muito bem na superfície do Tranquillitatis.

 2. A Rimae em forma de pena: Se extende da borda de Arago para o sul, se ramificando e formando um conjunto de riles que só se consegue capturar com o Sol no ângulo correto. Normalmente quando você pesquisa Arago, encontra informações abundantes sobre os Domes e quase nada sobre esse Rimae belo e notável.

Uma coisa muito importante a apreender na fotografia lunar é, saber desviar o olhar das formações mais notáveis para perceber a riqueza dos detalhes que podem estar ao seu redor.


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