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quarta-feira, 21 de abril de 2021

PLENILÚNIO DE PERIGEU - 26 DE ABRIL 2021

           
Na próxima terça-feira, dia 27 (abril de 2021), a Lua alcança o ponto mais próximo de nós, conhecido como perigeu.

O movimento da Lua em torno do nosso planeta é conhecido como revolução. Esta órbita possui uma pequena excentricidade, ou seja, não é um círculo perfeito, apresentando assim um formato elíptico. Nas extremidades de menor diâmetro desta elipse é onde encontramos a região de perigeu. Quando a Lua Cheia (Plenilúnio) coincide com estes pontos temos o que é conhecido como plenilúnio de perigeu. As fases da Lua não são sincronizadas com estes pontos, e ocasionalmente coincide com a Lua Cheia nestas regiões. 



No perigeu de terça-feira, a Lua estará a uma distância de 357.378 km de distância da Terra, bem mais próxima de nós que a maior distância atingida, conhecida como apogeu e que será de 406.512 km. O diâmetro angular aparente da Lua é de cerca de meio grau, ou seja, 30 minutos de arco. No perigeu do dia 27 este diâmetro será de 33,6* minutos de arco aproximadamente. Teremos uma Lua aparentemente maior, principalmente para os observadores já acostumados. Embora o perigeu ocorra no dia 27, na noite de segunda-feira a Lua já estará bem próxima de nós, favorecendo sua observação. 




* Stellarium

domingo, 18 de abril de 2021

URCA E CRISTO REDENTOR - Foto de Carlos Ayres e texto de Andrés Esteban de la Plaza

A imagem abaixo faz parte de uma sequência de três fotos registrada por Carlos Ayres, Professor de História, Analista de sistemas, Astrofotógrafo, Astrônomo Amador, membro da Comissão Lunar da UBA (União Brasileira de Astronomia) e Presidente do CARJ (Clube de Astronomia do Rio de Janeiro). O registro foi feito no dia 10 de janeiro de 2019, finalizando por volta das 22h 13m. Bairro da Urca, no Rio de Janeiro. Uma profícua análise da foto realizada pelo engenheiro Andrés Esteban de la Plaza, também membro da Comissão Lunar da UBA, proporcionou uma riqueza de informações, nos guiando na matemática que a Astronomia (e a astrofotografia) pode nos proporcionar. 

Para acompanhar o estudo e as imagens na íntegra, baixe o arquivo em PDF disponibilizado pelos autores, basta clicar na imagem que será direcionado para o download.



terça-feira, 13 de abril de 2021

Cratera Santos-Dumont

Olhe para essa imagem! Impossível não se sentir maravilhado com esse canto da Lua. Canto, que na verdade, fica quase no centro. Nesse cenário fantástico, nossa pobre Santos Dumont passa quase despercebida pois, tanto os Apenninus Mons com as diversas Rimas que serpenteiam pela paisagem roubam a primeira visada de qualquer observador. Mesmo assim queremos render nosso tributo aquele que foi sem dúvida um dos maiores brasileiros e que tanto nos enche de orgulho. Santos-Dumont é uma cratera de impacto com formato circular, considerada pequena, com seus aproximados 8 Km de diâmetro e 2 Km de profundidade, facilmente encontrada se nos guiarmos pela borda leste do Mare Imbrium, localizada num acume dos Montes Apenninus, no centro próxima ao norte da Lua (coordenadas selenográficas de 27.7° N e 4.8° E). A cratera se encontra, aproximadamente, 60 Km de distância de onde a Missão Apollo 15 fez seu pouso em 1971 (na ordem, a quarta Missão a pousar no solo lunar e a primeira a usar um Rover Lunar com intuito de explorar o satélite natural terrestre), o módulo lunar Falcon pousou na Lua com os astronautas David Scott (1932) e James Irwin (1930 – 1991) na região de Hadley-Apeninos, já o astronauta Alfred Worden (1932 - 2020) permaneceu em órbita ao redor da Lua durante a missão, durando um total de 3 dias de missão no satélite. Nomeada no ano de 1973 pela International Astronomical Union (IAU), Santos-Dumont foi a primeira cratera lunar que recebeu o nome de um brasileiro (tendo mais duas no lado oculto da Lua, em que uma delas é De Moraes) e única no lado visível. A homenagem foi ao Alberto Santos-Dumont (1873 - 1932), engenheiro aeronáutico e inventor brasileiro, conhecido como “O Pai da Aviação” por ser um dos precursores do avião, deixou seu legado, pois criou o Balão Brasil (dirigível com motor à gasolina), o famoso avião 14-Bis e o Demoiselle. A cratera Santos Dumont era, inicialmente, conhecida por Hadley B, antes da sua última nomeação que, teve influência da primeira mulher aviadora brasileira, Anésia Pinheiro Machado (1902 - 1999). Um fato interessante sobre a nomeação da cratera é a data, 20 de julho de 1973, mesmo dia do centenário de Alberto Santos-Dumont e, também, aniversário de seu pai, Henrique Dumont, além de ser a mesma data em que completava 4 anos que o astronauta Neil Alden Armstrong (1930 – 2012) pisou no solo lunar pela primeira vez, no ano de 1969. 


Link Astrobin: https://www.astrobin.com/t8xdhh/ Foto: Avani Soares Texto: Liza Bruna – Avani Soares.

Ptolomeaus e Albategnius - Por Conrado Serodio


 Finalmente uma noite um pouco mais aberta, permitindo registrar duas “gerações” de crateras no quadrante sudeste lunar : Ptolomeaus, à esquerda da imagem (da Era Pré Nectariana ~ 4,5 bilhões de anos) e Albategnius (era Nectariana ~3,8 bilhões de anos, período em que ocorreu o LHB – Bombardeio Pesado Tardio sobre a Lua).

Albategnius , com 136 km de diâmetro e 3100 metros de profundidade é uma cratera de impacto de morfologia complexa, com formato quase hexagonal e que apresenta paredes altas fortemente erodidas por impactos e desmoronamentos posteriores . Suas encostas íngremes são crivadas de impactos maiores e menores, com destaque para a cratera Klein com 45 km sobreposta aos muros de Albategnius e mais jovem do que esta. No piso de Albategnius é possível observar inúmeras craterletas e depressões rasas. O pico central de Albategnius eleva-se por cerca de 1,7 Km em relação ao piso interno e apresenta um minúsculo impacto em sua ponta.

Já Ptolomeaus ( 154 km de diâmetro) se assemelha ao que se denomina uma “planície murada”, destacando-se a grande quantidade de craterletas em seu piso. No lado externo superior de Ptlomeaus, um clássico exemplo de “catena” (cadeia) de pequenas crateras sequenciais, cuja origem é atribuída ao seguido rebote de escombros durante o impacto de formação de outras crateras maiores.

 Tele GSO 305 mm @ f/12, câmera ASI290MM – Santana de Parnaíba – SP