Rima Ariadaeus é um dos vários sistemas de canais lineares
aninhados nas terras altas entre Mare Vaporum e Mare Tranquillitatis. Alguns
canais, como Vallis Schroteri, (https://www2.lpod.org/wiki/August_6,_2013),
foram formados por erupções vulcânicas. Acredita-se que outros canais, como o
Rima Ariadaeus, sejam falhas que se formaram como resultado da atividade
tectônica. Alguns cientistas acreditam que os canais lineares podem ter se formado
após grandes eventos de impacto, enquanto outros acreditam que foram formados
como uma manifestação de superfície de sistemas de diques profundos quando a
lua ainda estava vulcanicamente ativa.
Os especialistas concordam que Rima Ariadaeus, com cerca de
300 km de comprimento, é um sistema de falhas semelhante aos da Terra. Uma
grande porção de Rima Ariadaeus é visível nesta foto, e a mesma imagem mostra (seta 1) parte da escarpa da falha do
canal. Rima Ariadaeus tem 5 km de
largura e interrompe as feições geológicas preexistentes.
As relações estratigráficas entre o canal e outros recursos
de superfície podem ajudar a determinar se o canal é mais antigo ou mais jovem
do que esses recursos em relação à idade relativa. Por exemplo, a ranhura corta
uma saliência no meio-esquerdo do quadro (seta 2), esta relação sugere que o
canal é mais jovem do que a crista, porque o canal mudou a forma da crista. No
entanto, na imagem, se nota que há pequenas crateras presentes no fundo do
canal, o que sugere que o canal é mais antigo do que essas crateras
sobrepostas. Assim também a pequena ponte (seta 3), parece ter ser formado após
o canal. Esses tipos de observações são usados para examinar as relações
estratigráficas e as idades relativas dos acidentes geográficos nesta região,
para que os cientistas possam reconstruir a história geológica da lua.
Já os Domes de Arago e
a própria Julius Caesar são um brinde numa imagem que por si só já é magnífica.
Fonte: LROC/NASA
Adaptação e Texto: Avani Soares