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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Cratera Ptolemaeus



Ptolemaeus é uma cratera circular com, aproximadamente, 153 km de diâmetro, localizada ao sudoeste da face visível lunar, próxima das crateras presentes na imagem, Ammonius (canto superior próximo ao centro de Ptolemaeus), Alphonsus (ao lado direito de Ptolemaeus), Arzachel (ao lado direito de Alphonsus), Alpetragius (um pouco abaixo, entre Alphonsus e Arzachel), Albategnius (canto superior direito acima de Ptolemaeus), Klein (abaixo de Albategnius) e Herschel (ao lado esquerdo de Ptolemaeus). A cratera recebeu essa nomenclatura em homenagem ao astrônomo greco-romano de Alexandria, Claudius Ptolemaeus (90-168).

Ptolemaeus, geralmente, é conhecida por ter a superfície rasa. No período de sua criação (Pre-nectarian), a cratera tinha cerca de 5,5 km de profundidade, porém o interior da cratera sofreu uma inundação por lava basáltica causada por rachaduras na crosta devido ao forte impacto que a criou, isso acabou deixando o piso interno da cratera com aspecto amplo e liso e, aproximadamente, 2,6 km de profundidade. Subsequentemente, essa região foi atingida por muitos outros impactos, a borda de Ptolemaeus, por exemplo, foi atingida vigorosamente por projéteis expelidos durante o impacto que formou a bacia do Mare Imbrium. Esses impactos posteriores, devem ter sofrido um novo derrame de lava que acabou cobrindo a maioria dessas caretas e originou aquilo que se conhece por crateras "fantasmas", algumas dessas pouco perceptíveis, que são visíveis apenas sob iluminação solar em ângulo bem baixo, por um curto período de tempo próximo ao nascer e ao pôr do sol. Em consequência disso, existem milhares de outras crateras "fantasmas" presentes na superfície lunar que, não foram identificadas em função da dificuldade para a visualização, visto que a maioria das sondas trabalham com imagens quando o ângulo de iluminação solar está alto sobre a superfície. Há inúmeras crateras "fantasmas" presentes em Ptolemaeus, nela destaca-se Ptolemaeus B, com cerca de 14,5 km de diâmetro (na parte superior esquerda, próxima à cratera Ammonius).

No último dia 25 de dezembro, pesquisadores chineses da universidade de Jilin, coletaram dados obtidos pelas sondas Chang´e-1 e Chang´e-2 e identificaram cerca de 109 mil crateras de impacto que não eram reconhecidas anteriormente, e a estimativa de idade de, aproximadamente, 18 mil delas, o estudo foi publicado na revista Nature Communications. Os pesquisadores criaram uma plataforma de identificação através da transparência e habilitaram uma web neural com dados de crateras conhecidas. Por fim, os pesquisadores definiram um novo banco de dados de crateras presentes nas regiões de extensão média e baixa da lua.

 

Photo: Avani Soares

Texto: Liza Bruna


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