Ptolemaeus
é uma cratera circular com, aproximadamente, 153 km de diâmetro, localizada ao
sudoeste da face visível lunar, próxima das crateras presentes na imagem,
Ammonius (canto superior próximo ao centro de Ptolemaeus), Alphonsus (ao lado
direito de Ptolemaeus), Arzachel (ao lado direito de Alphonsus), Alpetragius
(um pouco abaixo, entre Alphonsus e Arzachel), Albategnius (canto superior
direito acima de Ptolemaeus), Klein (abaixo de Albategnius) e Herschel (ao lado
esquerdo de Ptolemaeus). A cratera recebeu essa nomenclatura em homenagem ao
astrônomo greco-romano de Alexandria, Claudius Ptolemaeus (90-168).
Ptolemaeus,
geralmente, é conhecida por ter a superfície rasa. No período de sua criação
(Pre-nectarian), a cratera tinha cerca de 5,5 km de profundidade, porém o
interior da cratera sofreu uma inundação por lava basáltica causada por
rachaduras na crosta devido ao forte impacto que a criou, isso acabou deixando
o piso interno da cratera com aspecto amplo e liso e, aproximadamente, 2,6 km
de profundidade. Subsequentemente, essa região foi atingida por muitos outros
impactos, a borda de Ptolemaeus, por exemplo, foi atingida vigorosamente por
projéteis expelidos durante o impacto que formou a bacia do Mare Imbrium. Esses
impactos posteriores, devem ter sofrido um novo derrame de lava que acabou
cobrindo a maioria dessas caretas e originou aquilo que se conhece por crateras
"fantasmas", algumas dessas pouco perceptíveis, que são visíveis
apenas sob iluminação solar em ângulo bem baixo, por um curto período de tempo
próximo ao nascer e ao pôr do sol. Em consequência disso, existem milhares de
outras crateras "fantasmas" presentes na superfície lunar que, não
foram identificadas em função da dificuldade para a visualização, visto que a
maioria das sondas trabalham com imagens quando o ângulo de iluminação solar
está alto sobre a superfície. Há inúmeras crateras "fantasmas"
presentes em Ptolemaeus, nela destaca-se Ptolemaeus B, com cerca de 14,5 km de
diâmetro (na parte superior esquerda, próxima à cratera Ammonius).
No último dia
25 de dezembro, pesquisadores chineses da universidade de Jilin, coletaram
dados obtidos pelas sondas Chang´e-1 e Chang´e-2 e identificaram cerca de 109
mil crateras de impacto que não eram reconhecidas anteriormente, e a estimativa
de idade de, aproximadamente, 18 mil delas, o estudo foi publicado na revista
Nature Communications. Os pesquisadores criaram uma plataforma de identificação
através da transparência e habilitaram uma web neural com dados de crateras
conhecidas. Por fim, os pesquisadores definiram um novo banco de dados de
crateras presentes nas regiões de extensão média e baixa da lua.
Photo: Avani
Soares
Texto: Liza
Bruna
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